sexta-feira, 10 de julho de 2009

Portefólio - Como instrumento de avaliação formativa

Durante este ano lectivo 2008/2009 implementei o portefólio do aluno, nas minhas três turmas do 10º Ano como um instrumento de avaliação formativa. Pois, o professor ao desenvolver dentro da sua sala de aula um a ambiente de aprendizagem em que são valorizadas as capacidades de planificar, de pensar de forma critica, de reformular, de avaliar, de reinventar, de arriscar, de aceitar o erro, de aceitar critícas e de persistir, faz com que a avaliação formativa se torne mais autêntica, mais participada e reflexiva. mais autêntica pois resulta do desenvolvimento de tarefas de aprendizagem, mais participada pois responsabiliza mais os alunos pelo seu próprio desenvolvimento envolvendo-os na identificação e na superação das suas próprias dificuldades e mais reflexiva pois desenvolve nos alunos capacidades metacognitivas ao habitua-los a rever e a formular os seus trabalhos.
Menino e Santos (2004), definem portefólio como um dossier que é constituído por um conjunto de trabalhos elaborados pelo aluno dentro e fora da sala de aula, de forma organizada, planeada e reflexiva com acompanhamento do professor, que favorece " a tomada de consciência sobre as dificuldades e os progressos e desenvolvimento de atitudes metacognitivas"(p.4). Ao professor cabe a função de regular o desenvolvimento de tarefas diversificadas para que os alunos optimizem e reflictam sobre os seus desempenhos.
Para Leite e Fernandes (2002)," A utilização de portfolios, como dispositivos de aoto-construção e de auto-regulação das aprendizagens, configura um meio de implicar os alunos nos processos de formação ecolar e de os tornar conscientes dos percursos que estão a realizar. Ou seja,os pootfolios ao mesmo tempo que permitem evidencir as aprendizagens realizadas, permitem, ainda, que os alunos se situem face a um percurso escolar e auto-regulem esse mesmo processo"(p.61)
Para Alarcão (1996), uma atitude reflexiva por parte do frofessor, por parte do professor, vai de alguma forma desenvolver essa mesma atitude nos próprios alunos, através das propostas de trabalho que lhes forem feitas em sala de aula (por exemplo, resolução de problemas e/ou trabalho de projecto) e do modo como elas lhes são apresentadas,mas, sobretudo, a transmissão essencial de que a reflexão e a auto-avaliação sobre as acções desenvolvidas são os procedimentos pertinentes e adequados ao desenvolvimento de competências e das capacidades de cada um.
No entanto, Alves e Gomes (2007) consideram que o envolvimento, a adesão e a participação dos alunos na elaboração dos seus portefólios não é um processo imediato poi demoram algum tempo a definirem rotinas de trabalho, a interiorizarem o que devem fazer e o que incluir de forma a desenvolverem a sua aprendizagem.
Relativamente a este intrumento, Villas Boas (2006) considera que existem ainda algumas dificuldades, nomeadamente, na avaliação, nas restrições dos professores do ensino secundário quanto á sua implementação devido á falta de tempo para preparar os alunos para o exame nacional e na inexistência nas escolas de espaços adequados para guardar os "dossiês" evitando o transporte sistemático casa-escola e vice-versa.
na minha prática quado resolvi implementar o portefolio esqueci-me do peso que esse instrumento acarreta.
Assim, no que se refere a futuras implementações do portefólio como instrumento de avaliação formativa irei sugerir ao alunos que seja digita, ou seja, que este faça parte integrante da minha pagina na plataforma Moodle de forma a facilitar a sua consulta, construção e reformulação ao longo do ano lectivo.
Como recomenda Alves(2007), no seu estudo sobre o E-Portefólio, "a viabilidade e adequação da tecnologia Moodle como suporte do desenvolvimento de portefólios electrónicos, com potencialidades a nível do desenvolvimento do trabalho do aluno, como instrumento regulador da aprendizagem do aluno, na actividade reflexiva do aluno, e na comunicação /interacção entre os intervenientes"(p.v).
Referências Bibliográficas:
Alarcão, I.(1996). Formação Reflexiva de Professores. estratégia de Supervisão. Porto: Porto Editora.
Alves, A. P. A. (2007). E-Portefólio: Um estudo de caso. Lisboa: APM.
Alves, A. & Gomes, M. (2007). Como organizar portfolios na sala de aula de matemática. lisboa: APM.
Leite, C. & Fernandes, P. (2002). Avaliação das aprendizagens dos alunos. Novos contextos, novas práticas. Porto: Edições Asa.
Menino, H. A. L. & Santos, L. (2004). Instrumentos de avaliação das aprendizagens em matemática: o uso do relatório escrito, do teste em duas fases e do portefólio no 2º ciclo de Ensino Básico. Lisboa:XV Seminário de Investigação em Educação matemática(SIEM).
Villas Boas, B. M. F. (2006). Portfólios, Avaliação e Trabalho Pedagógico. Porto: Edições Asa.

Sem comentários:

Enviar um comentário